sexta-feira, 10 de maio de 2013

CRACK: ALGUMAS DÚVIDAS SOBRE ESTA DROGA


** O crack cria dependência desde a primeira experiência?
A dependência química envolve o patrimônio biológico de cada pessoa (herdado), as condições socioculturais nas quais ela nasce e se desenvolve, e as condições ou o patrimônio psíquico de cada um. Não é considerado apropriado dizer que alguém desenvolverá dependência química do crack desde a primeira utilização.

** O próprio usuário pode se ajudar para enfrentar a dependência?
Considerando que a dependência química compromete a vontade, raramente se espera que o paciente busque espontaneamente tratamento, mesmo que reconheça os riscos e danos implicados em sua conduta. É fundamental a interferência (amorosa, cuidadosa, respeitosa) da família, de amigos, colegas, de grupos de apoio e até da lei.

** Como prevenir o uso entre os jovens?
Por mais que pareça que eles conhecem tudo sobre as drogas, é importante conversar sobre aonde podem chegar, sem fazer terrorismo. É preciso fornecer outros caminhos para aplacar aquilo que a droga proporciona: relaxamento, excitação, maior participação social, segurança. A idéia é conversar sobre perdas e ganhos, mostrar a droga como um remédio-veneno (remédio porque proporciona prazer e sensação de preencher uma lacuna e veneno pelas conseqüências que traz).

** Qual o papel da família no tratamento?
Por trás dos usuários de crack existem famílias desamparadas e desenraizadas que passam por situações de vulnerabilidade. Um desafio no tratamento dos dependentes é compreender o abismo que se estabelece entre o usuário e a família. E aqui é importante ressaltar que alguns meios de comunicação contribuem para deixar essa relação ainda mais fragilizada quando transmitem a idéia de que o usuário de crack é um marginal. As famílias sofrem demasiadamente por falta de informação e por causa de mensagens sensacionalistas que não correspondem à realidade.

** O uso de crack deixa alguma seqüela para o desenvolvimento físico e mental do adolescente?
O crack altera o autocontrole, que já não é estável no adolescente. Além disso, provoca uma confusão dos neurônios que altera o sistema hormonal e desencadeia um quadro psicótico com síndrome de perseguição e agressividade. O cérebro deixa de aprender e desenvolver uma série de habilidades e desenvolve a patologia. Quanto mais cedo são feitos o diagnóstico e a intervenção, mais rápido se consegue reverter o quadro. Os adolescentes respondem rapidamente aos tratamentos multidisciplinares.

(fonte: revista o crack tem solução pg.18 e 19.)

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Limites na infância

Quando eles querem alguma coisa vão até o fim. Gritam, se jogam no chão, esperneiam, dão uma seqüência de vexames. Certamente os pais devem imaginar de quem estamos falando: de crianças que ainda não aprenderam a lidar com os limites e de pais que não conseguiram controlar as vontades e birras de seus filhos.

Quem tem filho deve ter passado por alguma dessas cenas em locais públicos. Geralmente os pais ficam sem ação diante da atitude do filho e dos olhares de reprovação dos observadores. A especialista em psicologia da infância, Patrícia Yumi Nakagawa, do site “Palavra escuta”, diz que nessa hora não adianta gritar, mas dialogar com voz firme, fazendo valer a autoridade de pais. É importante também explicar aos filhos que existem datas especiais reservadas para ganhar presentes, deixando claro que não se tem tudo o que se deseja na hora em que se quer. É fundamental que os pais se dirijam à criança com segurança e carinho, para que ela compreenda com mais facilidade que está errada.

Deixar de supervalorizar as atitudes birrentas, segundo relatos de alguns pais, também funciona. No momento em que a criança percebe que não está chamando atenção, desiste, levanta e segue atrás dos pais. A psicóloga Daniela Levy, do site “Psicologia infantil”, fala que uma das causas de tais comportamentos são as ações dos pais, que buscam compensar sua ausência presenteando e realizando todos os desejos possíveis. Com isso, os papéis se invertem, e os filhos é que começam a mandar. Quando não ganham o que querem, fazem escândalo. Se a criança aprender a ter limites, é bem possível que no futuro deixe de fazer coisas erradas. O limite também ajuda a lidar com as frustrações, porque se os filhos sempre fazem o que querem e ganham o que pedem, quando lhes for negada alguma coisa, ou tiverem qualquer decepção futura, certamente ficarão deprimidos por conta disso.
 
“OS VALORES E LIMITES TRANSMITIDOS SOMENTE SERÃO INCORPORADOS NA VIDA DA CRIANÇA SE A PRÁTICA DOS PAIS CORRESPONDER AOS SEUS ENSINAMENTOS.”
(fonte: Rainha dos Apóstolos n.1002/2008 pg 45)

Grupo de Amor-Exigente: todas as segundas feiras às 19:30Hs. Participem!