sexta-feira, 29 de abril de 2011

O que a Páscoa tem com o Amor-Exigente

“O QUE A PÁSCOA TEM COM O AMOR-EXIGENTE?

A palavra PÁSCOA vem do hebraico PESSACH, que significa ressurreição ou vida nova. A Páscoa no hemisfério Sul não possui data fixa. É celebrada 46 dias a partir da quarta feira de cinzas. No hemisfério Norte a data coincide com o início da primavera (março). Apesar de significados diferentes para cada religião, celebra a liberdade e a Nova Vida. Para os cristãos, a Páscoa celebra a Ressurreição. Em ambos os casos comemora-se uma nova vida.
Os judeus lembram todos os dias, em suas orações, da saída do Egito e a celebram amplamente em Páscoa que é a data central da fé. Sair do Egito é a liberdade que cada um de nós continua a procurar em nossos dias. Temos dentro de nós um “Egito opressor” e queremos sair do tormento, da culpa e da vergonha para um mundo de luz, de alegria e de auto-realização. Este foi o presente que Deus ofereceu ao povo Judeu há 3500 anos. Os cristãos vêem o mesmo presente na ressurreição ocorrida há cerca de 1970 anos.
Cada um de nós pode também caminhar dando a si mesmo um presente de luz e espiritualidade nos dias de hoje. É a época de pensar um pouco em nossa escravidão. Fomos(alguns ainda somos) escravos da vergonha, da mentira, da negação, das aparências. Colocamo-nos voluntariamente em escravidão! Necessitamos a liberdade que a Páscoa celebra!
Mas, o que é liberdade? Significa que agora nós podemos fazer tudo o que queremos? Liberdade não é licenciosidade. É só uma permissão de lutar por toda a vida, com algumas restrições éticas, morais e sociais. Padrões destrutivos são difíceis de serem eliminados, seja a adicção ao álcool, à cocaína, ao jogo ou vejam só, querer consertar as vidas das pessoas. Sim, cercados por alguém a quem amamos, queremos consertar suas vidas. Os Judeus se fazem quatro perguntas básicas na Páscoa. Façamos também quatro perguntas:
- Por que será que a doença nos envolve tanto e nos exclui de tudo? Ou, de outra forma, por que passamos a viver em função da doença, abandonamos nossos prazeres, nossos amigos, nos fechamos em casa, paramos de desfrutar?
- Por que estamos nos condenando a uma vida de “pão ázimo”, sem fermento e sem sabor?
- Por que levamos a recuperação de forma tão lenta? Ou talvez, devêssemos nos apressar para nos recuperarmos ou iniciarmos um processo, ainda que lento?
- O que posso fazer por mim para que hoje eu seja mais alegre que ontem, um pouco mais livre das amarras que me fazem inseguro e impotente?
Os escravos não conseguem sair sozinhos para a redenção. Tal como nós, são impotentes. É necessária a força do Poder Superior e de um grupo organizado. Os Judeus não saíram sozinhos, ajudados por Deus, foram como grupo, alguns à frente, capazes de lutar e enfrentar inimigos e os mais fracos, mais desprotegidos, iam atrás. No Amor-Exigente fazemos exatamente isso! Somos um grupo e a cada semana quem está mais fortalecido ampara quem está mais fraco. Na caminhada pelo deserto, muitas crianças cresceram e foram para a frente, cedendo seu lugar aos que envelheceram e se enfraqueceram ou aos novos que nasceram. Exatamente o que ocorre em cada um de nossos grupos! Não interessa se somos inteligentes, intuitivos, experientes. Ainda assim devemos compartilhar com os outros a nossa Recuperação.
No AE sabemos que podemos reiniciar. Vamos renascer das amarras da tristeza e auto-piedade para um reflorescer da alegria, auto-confiança e a certeza do amparo de um Poder superior e de um grupo de pessoas interessadas em nosso bem estar!
A história da saída do Egito mostra que a liberdade não chegou de uma hora para outra. Moisés não conseguiu convencer o Faraó com palavras; foram necessárias ações e o apoio de um Poder Superior. No AE sabemos que o crescimento não ocorre por pensamentos, é preciso agir! O Amor-Exigente ensina a agir. E o grupo de apoio ajuda a agir e a corrigir eventuais falhas de caminho.
Feliz Páscoa a todos nós! Que possamos nos sentir livres e ressurectos nesta Páscoa e além dela!!! (Fonte:informativo FEAE-2007 pg. 08)

Participem do AE! É para toda a família que procura qualidade de vida!

Pais e filhos não são iguais

PAIS E FILHOS NÃO SÃO IGUAIS: Princípio estudado no mês de Abril.

Amor-Exigente é um grupo de apoio aos pais na tentativa de ajudá-los na árdua tarefa de educar os filhos.
Os doze Princípios básicos do Amor-Exigente são simples, transmitem certeza, clareza e ao mesmo tempo são tão difíceis de serem vividos na prática.
Cada participante dos grupos encontram-se num grau de dificuldade diferente em cada princípio, de acordo com suas raízes culturais e também suas características psicológicas, falaremos de um deles, no caso: “PAIS E FILHOS NÃO SÃO IGUAIS”, que ao meu ver é o mais difícil, e traz um exame de consciência para saber a razão.
Veja o depoimento de uma mãe...
Volto ao tempo e lembro-me de quando entrava no quarto de meus filhos para dar o beijo de boa noite e eles me abraçavam tão apertado que não queriam desgrudar para evitar que eu saísse. Em outras vezes faziam fila, para um por um, serem embalados no colo antes de dormir. Que sensação gostosa! Sentir-se importante, amada e querida pelos filhos, é tão bom, que não queria e até temia perder. E este temor, muitas vezes inconsciente, levou-me a não tomar atitudes “importantes”, porém próprias da minha função de mãe!
Na fase da adolescência quando naturalmente o jovem luta por seus desejos com a mais poderosa das forças, gritando e esperneando ao ouvir um “NÃO”, não tive forças para manter esse “NÃO”! Por vezes concordei com situações que não seriam convenientes, para não correr o risco de ser “odiado”. É claro que ao perceberem esta minha fraqueza mais e mais usavam este recurso para obterem o que desejavam.
Hoje percebo com clareza que o medo de perder a amizade e o carinho de meus filhos foi o motivo de não ter assumido a autoridade de mãe. Esta realidade foi muito ruim, tanto para mim, como para meus filhos e por isso acabei chegando ao Amor-Exigente com muitos problemas e tristeza na alma! Aprender que “PAIS E FILHOS NÃO SÃO IGUAIS” foi complicado, mas através das famosas metas fui conseguindo colocar em prática minha função de mãe que é de dar limites, impor regras, disciplinar e principalmente incentivar a autonomia. Meus filhos foram aprendendo que faz parte de sua função, respeitar-me mesmo que não concordem e a ver a necessidade de cooperar e de também servir e não só ser servido.
Além do medo, a arrogância e a prepotência ajudam a não conseguirmos colocar em prática este nosso quarto princípio que traz grandes verdades. Procurei recordar de alguns lemas que aprendi com o grupo, sobre este tema e que me foram de tanta ajuda:
• *Precisamos ser pais, para que nossos filhos possa ser filhos!
• *Amigos nossos filhos tem muitos, pais somente a nós!
• *Função dos pais: Mostrar Caminhos!
• *Pior que ser órfão é ser órfão de pais vivos que não exercem sua função!
• *Autoridade é diferente de autoritarismo!
• *Só há democracia entre os iguais e pais e filhos não são iguais!
• *Se nossos filhos nos escolherem como amigos, ótimo! Caso contrário vamos esperar que este momento um dia chegue!
Por fim, gostaria de lembrar que se não devemos ser “amigos” de nossos filhos, também não devemos nos tornar seus inimigos agindo de forma brusca e deseducada, mas de forma mansa para que eles nos respeitem e um dia possam, quem sabe, até amar-nos!! (fonte: Revista FAE)
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