segunda-feira, 14 de junho de 2010

COCAÍNA E CRACK ENTRE ADOLESCENTES

O período que abrange o final da adolescência até o início da idade adulta é a fase da vida em que existe maior risco para o início do uso da cocaína. A adolescência é considerada uma fase crítica da vida do indivíduo, onde ocorrem diversas modificações internas (características da personalidade) e externas, como por exemplo o surgimento de caracteres sexuais secundários. O indivíduo se afasta dos pais e aproxima-se de colegas e amigos, fazendo uso da “liberdade” conquistada (de forma gradativa ou abrupta). Esta fase também é reconhecida como tendo um grande componente de ansiedade e estresse.


O adolescente apresenta também uma tendência natural para o envolvimento em situações de risco. A dificuldade na previsão de conseqüências no futuro faz que o indivíduo jovem viva exclusivamente o “aqui e agora”. Estes fatores parecem contribuir para a experimentação de álcool e drogas, particularmente a cocaína em nosso meio.


O indivíduo jovem busca, então, ser admitido em um grupo social de “iguais”, o que inclui a aquisição dos comportamentos deste grupo, e a experimentação de álcool e drogas geralmente consiste em um dos principais comportamentos.


A adolescência é considerada como um período crítico para o surgimento de complicações pelo consumo de substancias psicoativas. Adolescentes tem progressão mais rápida do consumo e de seus resultados danosos. Os prejuízos que o consumo acarreta levam à conseqüências de difícil reversão: interrupção do desenvolvimento da personalidade, resultado em deficiências futuras do funcionamento do indivíduo. O consumo afeta ainda o desenvolvimento das funções sociais do sujeito, bem como o estabelecimento de relações interpessoais (p.ex.afetivas).


O tratamento, portanto, deve ter início o quanto antes. Deve ter a orientação para a abstinência total e de todas as drogas (e álcool), da mesma forma que deve ocorrer na população adulta. Porém esta tarefa é muito mais difícil para o adolescente, pelo fato do adolescente não dispor, ainda, de um sistema de suporte social (trabalho, relações afetivas, etc). A família constitui a única exceção. Adolescentes dependentes têm, por exemplo, poucas (ou nenhuma) atividades alternativas ao consumo de álcool e drogas, e inúmeras vezes só tem relacionamentos com outros usuários, traficantes e dependentes.


Os objetivos terapêuticos do tratamento da população de adultos jovens devem incluir proposta de mudança global do funcionamento do individuo e de seu estilo de vida, desenvolvimento de valores “saudáveis”, atitudes e comportamentos que propiciem a interação social positiva e esforço para a reabilitação ocupacional (escola, preparação vocacional, etc.), de forma ainda mais intensiva que para a população adulta.


Muitos usuários começam a utilizar a cocaína durante o período acadêmico, e uma parcela deste grupo passa a consumir a droga também em outras situações, mantendo e agravando o consumo da cocaína, propiciando as condições ideais para o desenvolvimento da Dependência.


Um corolário dos aspectos apresentados neste capítulo é o uso de drogas entre estudantes universitários, que se encontram na fase de vida imediatamente posterior à adolescência. Este aspecto é de extrema importância, uma vez que os universitários irão em futuro breve, constituir a massa crítica da nação.


A melhor abordagem do problema, apresentando também a melhor relação custo-benefício possível é a PREVENÇÃO AO ABUSO DE DROGAS. Prevenir significa desenvolver programas junto às comunidades (em geral), pesquisando as características próprias de cada uma delas e, de acordo com suas particularidades, elaborar estratégias para evitar tanto o início do consumo como o caminho rumo aos transtornos decorrentes das substancias psicoativas (abuso e dependência), incluindo a cocaína. Estes programas há muito já se fazem necessários para a efetiva abordagem do problema do consumo de drogas entre adolescentes.

(fonte: www.adroga.casadia.org.print/271)


AS DROGAS SÃO SEU MAIOR INIMIGO. VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO. VENHA CONHECER E FAZER PARTE DA FAMÍLIA AMOR-EXIGENTE!

Reuniões:

Segundas-feiras ás 19:30hs na esquina da solidariedade

Sábados 14:00 hs na uriarte.


É para toda a famíla que quer qualidade de Vida!

LIBERDADE COM AMOR-EXIGENTE

Com sentidos diversos, a liberdade está relacionada à independência. Sentimentos, atitudes, emoções, comportamentos não encontram empecilhos para a sua movimentação e expressão quando o ser está em estado de liberdade. Em Amor-Exigente, o termo ganha significado único, especial.

Mas, afinal, que liberdade é esta que permeia a vida daqueles que fazem de AE a sua filosofia?

Muitos são os significados e muitas são as formas de usar a liberdade. Para uns, significa fazer tudo o que desejar. Para outros, poder decidir o que fazer com os seus desejos. Há aqueles que pensam ser a liberdade uma forma de buscar prazer, de agir sem pensar nas conseqüências. Outros pensam que o controle sobre as conseqüências é a verdadeira liberdade. Ela também representa o vento no rosto, o contato com a natureza...

Mas, em Amor-Exigente, ela se configura como uma das maiores dádivas obtidas através da prática dos Princípios Básicos e Éticos, das partilhas e das metas.

A maioria dos familiares que busca ajuda no AE tem um propósito: ajudar ao ente querido. Porém, descobrem que a ajuda é também para si. A revolução pessoal se inicia. Os horizontes se abrem, nascem possibilidades, o olhar é novo, a vida é nova.

Muitos são os legados deixados pela experiência com AE. Um deles, a quase indescritível conquista, é a LIBERDADE, liberdade esta que significa responsabilidade, coerência, perseverança, esperança. É a realização de nossas escolhas conscientes. Quando nos conscientizamos de que somos gente, o AE proporciona a liberdade de procurar acertar sem cobranças; a liberdade de amar com discernimento, fazendo o que precisa ser feito e dando a oportunidade de nossos filhos serem melhores para nós, para eles e para a sociedade.

•Para os Pais, o AE proporciona a liberdade de continuar sofrendo, tentando administrar a vida dos filhos inadequados ao mundo, OU usar essa liberdade para fazer o que precisa ser feito, permitindo que os filhos sejam responsáveis por suas escolhas.
•Para os Dependentes, proporciona a liberdade de assumir a conseqüência de seus atos. O AE nos alerta para lhes propiciarmos essa liberdade de escolha, que os faz pensar e agir de forma a não se prejudicarem mais. Ao estarmos sempre disponíveis para “quebrar seus galhos” não os deixaremos florescer proporcionando ao mundo, muito em breve, uma floresta de jovens em extinção.
•Na Recuperação, a liberdade significa estar, antes de tudo, consciente de que tem uma doença, que necessita de cuidado constante e que esse cuidado é a abstinência da droga em si e do comportamento que o leve a ela. Estar ligado ao Poder Superior de forma que Sua companhia seja constante nas 24 horas do dia. É a liberdade de estar LIVRE.
•Na Prevenção; chegar antes é ter liberdade de escolha com conhecimento. É a semeadura de renovada e eficiente atitudes de Amor...Exigente.

Muitos participantes de AE não conseguiram o que vieram buscar, a sobriedade de seus familiares, no entanto, encontraram empatia, solidariedade, uma vida melhor e, principalmente, amor que exige e agasalha. Juntos, estaremos trabalhando na certeza de um mundo melhor, com e melhor qualidade de vida.

“ACREDITE QUE DÁ CERTO”!
(fonte: Site Amor-Exigente: FEAE)

O PODER CORROSIVO DA PEDRA

O Crack ignora classes sociais, pode criar dependência na primeira pedra. O crack começou nos EUA na década de 80, como uma droga entre as pessoas pobres das grandes cidades. No Brasil, na década de 90, ela passou a cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador e espalhou-se afora. O usuário de cocaína e droga injetável era um indivíduo da classe média. No entanto, pelo efeito maior do crack, este usuário começou a experimentar. Uma vez migrando para o crack ele não volta para a cocaína porque o poder do crack na geração do prazer, apesar do risco, é muito maior.

A maioria dos usuários começa com bebida alcoólica na transição para a adolescência e depois para a maconha. Quando experimentam o crack, aí eles não saem. Eles abandonam as outras drogas.

O crack é uma das poucas drogas que vicia no primeiro uso. Ele é um estimulante capaz de alcançar alto nível de prazer em até 10 segundos após ser inalado. Porém, cinco minutos depois, o usuário é surpreendido por uma depressão profunda. Para superar a dor psicológica, o dependente recorrerá sempre à droga. Cada vez que ele utiliza a droga, dá mais um passo em direção à morte.

O craqueiro tem vida curta. Ou ele morre em situações de violência, como brigas com traficantes, ou por problemas crônicos, como derrame cerebral. A velocidade em que atinge o cérebro é resultado da forma como a droga é consumida. O crack contém de 10% a 15% de cocaína, que não é pura. Quando se cheira, injeta ou inala, o usuário consome uma mistura de cacos de lâmpadas fluorescentes, sal, bicarbonato de sódio e ácido clorídrico, utilizado em tintas e para limpeza de materiais ferrosos.

Produção do crack:
•A pasta da cocaína é diluída em solventes (o ácido sulfúrico está entre eles). Este ácido(bastante corrosivo) é encontrado em inseticidas e baterias de carro.
•O ácido clorídrico quando inalado causa ferimentos graves na garganta e na boca. É usado em prótese dentária e remoção de ceras e graxas.
•O éter também aparece na preparação do crack. O líquido aparece na fórmula de plásticos e pólvoras.
•A benzina é outro ingrediente. O produto é inflamável e bastante tóxico. É extremamente cancerígena.
•A soda cáustica também é usada para produção do crack. É capaz de causar irritações e úlcera grave, quando aspirado.

O dependente faz do crack a razão da vida e perde noções de moral e afetividade. O crack não degrada apenas os usuários, atinge com fúria também familiares, que viram codependentes do vício. Da mesma maneira que relações problemáticas em casa podem motivar um refúgio nas drogas, famílias bem constituídas, que se imaginavam distantes dessa realidade, estão sujeitas aos flagelos da droga.

O crack é uma droga que dá sinais muito claros nos indivíduos que começam a usar. Ele some de casa desde manhã, tem períodos de hipersonia, dorme muitas horas seguida. Ele vai precisar furtar ou roubar algo de casa. Essa alteração de conduta requer internação imediata.

Seja para o crack ou qualquer outra droga, não existem tratamentos ou remédios que curem um viciado. Os médicos até podem receitar antidepressivos ou ansiolíticos, mas são as sessões de fortalecimento espiritual as principais ferramentas para que o usuário reprograme o cérebro e consiga superar a compulsão pela droga.

Na luta contra o vício, o usuário assume o compromisso consigo mesmo de “só por hoje nunca mais” usar drogas. (Fonte: texto baseado em informações do site cracknempensar).

Venha compartilhar conosco!
Somos um grupo que não temos varinha mágica mas podemos, juntos, encontrar caminhos mais seguros. Amor-Exigente é para mim, para você e toda a família que queira qualidade de vida.
Reuniões:Segundas-feiras 19:30h na esquina da solidariedade e aos Sábados 14:00h na Uriarte.

SEGREDOS DE FAMÍLIA

Nada mais trágico do que a ruína de um lar. O desmoronamento de uma família – ainda que por motivos aparentemente justos – traz consigo uma sensação de derrota e fragmentação da vida, sem perímetros de comparação. É um caos!


Porque é tão difícil a vida em família? Por quais razões o carinho e paixão do namoro se transformam em frieza e agressão no casamento? Porque são tão raras as manifestações de afeto, amizade e amor entre pais e filhos? Como explicar que o lar, sonho dos nossos sonhos, se transforma, em um pesadelo – lugar de agonia e insegurança. A felicidade é uma utopia ou possibilidade real?


Toda família guarda seus segredos, vivencia suas dores, tenta esconder seus fracassos e, de alguma forma, procura superar as dificuldades de convivência. Dentro de casa, cada um vive, também, seus segredos, guarda suas dores e, de alguma maneira, se esforça para aparentar felicidade, conviver com as diferenças e tocar a vida entre os escombros dos sonhos frustrados. Cada casamento é uma experiência única. Cada pessoa é um mistério. A convivência em família é um desafio.


Todavia, ainda que seja assim, muitos são os lares onde felicidade e respeito estão presentes na mesa de cada dia. Apesar das diferenças, vivem banhados pelas águas da alegria e dormem acariciados pela brisa da paz. Qual o segredo, então?


A vida prazerosa é como um bolo caseiro. Não basta ter a receita e os ingredientes. O segredo está em saber usá-los. Se receitas bastassem a vida seria uma grande doceria. Como também, se fórmulas de felicidade bastassem acerca de felicidade conjugal e familiar, nosso bolo caseiro, a sociedade, seria como um Éden sem serpente: a vida transbordando em plenitude. Mas, sobra veneno e falta vida.


O que fazer então? É preciso tomar decisões. A primeira delas é em relação ao amor. Amar é uma decisão. Somente o amor possibilita a convivência entre pessoas diferentes, às vezes até conflitantes, mas que tem sonhos em comum. Eu decido amar, como também decido odiar. Onde o amor impera, todas as dificuldades desmoronam.


Outra decisão é a de perdoar. O perdão não é uma manifestação sobrenatural, que invade o coração da gente de vez em quando. Ele é a prática de uma decisão nossa, em nome da sobrevivência, da saúde emocional e espiritual. Quem decide perdoar torna-se tolerante, mais sensível às diferenças, mais humano e fica bem mais perto de Deus. Tanto eu decido perdoar, como também posso decidir por perpetuar a amargura e o ressentimento. Perdoar não é esquecer quem nos feriu, mas é lembrar sem sentir dor.


Uma terceira decisão importante no contexto da família está ligada à nossa capacidade de servir. Isto é, dispor a vida para o bem comum. A disposição de ajudar, caminhar juntos, construir juntos, estimular, levantar a autoestima do outro, valorizar o outro naquilo que ele tem de melhor. Tornar-se companheiro pleno e amigo verdadeiro é muito mais significativo do que ser apenas pai e mãe; marido e esposa. As pessoas precisam muito mais de estímulos e solidariedade do que se possa imaginar. Ser alguém ausente, é ser, também, destruidor de sonhos e esperanças.

(fonte: revista Amor-Exigente por Estevam F. de Oliveira)


Neste dia especial em que muitas mães chegaram ao AE de “asas quebradas” e hoje, luminosas por se deixarem iluminar por ELE, incendeiam os corações com a Verdade, equilibram o pensar com a Justiça e encorajam o agir com e na Misericórdia, nosso grande e caloroso abraço e muita esperança.


VENHAM PARTICIPAR DO AMOR-EXIGENTE. AMOR-EXIGENTE DÁ CERTO!

Telef. para contatos: (55) 9977.1134 Analita | (55) 9149. 6079 Neide | (55) 9914. 7633 Célia.

A ADOLESCÊNCIA E AS DROGAS

“Os traficantes entram em nossas casas porque encontram portas abertas. E seduzem nossos filhos porque eles têm crescido fracos e sem qualquer esperança.”


Temos muitas dúvidas a respeito de quase todas as coisas que nos são importantes. Mas também temos algumas certezas. Uma dessas certezas tem a ver com o uso de drogas: praticamente todas as pessoas viciadas começaram a usar algum tipo de droga nos primeiros anos da adolescência, entre os 13 e os 17 anos de idade. Isto é válido para o uso de drogas pesadas, mas igualmente acontece com a iniciação do cigarro normal que, mesmo provocando poucos efeitos psicológicos, determina forte inclinação para a dependência.


Outra certeza que temos é a necessidade urgente de compreendermos melhor o que se passa na cabeça dos nossos jovens, para que possamos impedir que persista a tendência atual, que é a do uso de drogas por um número cada vez maior de pessoas, e que ela venha a envolver praticamente toda a juventude do nosso país. Teremos que providenciar novas atitudes dos pais e da sociedade, especialmente se isto puder ajudar nossas crianças a crescerem com mais força e determinação pessoal.


Sim, porque é fácil colocar toda a culpa do problema das drogas nos traficantes e outros delinqüentes que fazem fortuna com este comércio. A verdade é que eles entram nas nossas casas porque encontram as portas abertas........E isto é nossa responsabilidade. Isso é fruto da excessiva permissividade na educação que nós, indo para o pólo oposto do pêndulo em relação ao modo como fomos criados, lhes transmitimos. É hora de urgentes revisões na educação.


Além do mais, existem importantes características da adolescência que fazem com que o jovem seja presa fácil de traficantes espertos. Uma delas é a peculiar prepotência dos rapazes e moças, a tendência para acharem que sabem de tudo e que podem tudo. Gostam da idéia de que ser adulto é ter coragem para experimentar de tudo, de modo a formar juízo próprio sobre todas as coisas. O conceito geral até que é interessante, mas não vale para todas as coisas. Não tem o menor sentido testar pessoalmente o uso de drogas mais que conhecidas, tantos em seus efeitos agradáveis como em seus malefícios e seu poder para viciar. Mas a prepotência dos adolescentes não conhece o bom senso. Querem apenas afirmar sua independência em relação aos adultos dos quais efetivamente dependem.


Só faz uma verdadeira guerra de independência quem é dependente. A adolescência sempre foi um período muito difícil para os jovens, pois eles têm que assumir, mais ou menos rapidamente, crescentes responsabilidades e se encaminhar na direção da autonomia. Se a educação for muito superprotetora, os esforços em busca da individualidade são mínimos. O que acaba acontecendo é que os jovens se afastam da família e não suportam a sensação de abandono. Não podem voltar atrás e só lhes resta uma solução: substituir o aconchego familiar pelo do grupo de amigos da mesma idade. Tornam-se independentes de uma forma curiosa: têm que agir de algum modo em oposição aos valores do seu grupo de origem. O grupo de jovens se une e se torna solidário porque tem em comum comportamentos que desagradam os mais velhos. Estão prontos para agir de um jeito que os aborreça. Estão prontos para se unir em grupos que irão adorar roupas extravagantes e reprovadas pelas famílias, para fumar cigarros e para experimentar outras drogas que lhes forem oferecidas. Um certo número de jovens irá adorar os efeitos que elas provocam.


E aí........


(fonte: Internet pelo médico psicoterapeuta Flávio Gikovate)


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REUNIÕES: segundas feiras às 19:30 hs na esquina da solidariedade e aos sábados 14:00 hs na Uriarte.

PAIS E FILHOS NÃO SÃO IGUAIS

Nos grupos de Amor-Exigente refletimos 12 Princípios básicos, simples que transmitem certeza, clareza e ao mesmo tempo são tão difíceis de serem vividos na prática! Neste mês de abril falaremos de “Pais e Filhos não são iguais”, que é o mais difícil, e traz um exame de consciência para saber a razão. Vejamos...

A mulher serviu café à sua amiga e sentou-se para conversar, quando seu filho adolescente adentrou a sala com um colega e disse em tom imperativo: “Mãe, vai tomar café em outro lugar com sua amiga porque eu quero jogar videogame”. Obediente, a dona da casa e a visitante foram conversar na cozinha, deixando a sala para o “reizinho” brincar.

Cenas como essas estão se tornando cada vez mais freqüentes do que imaginamos. Parece até que vivemos em outro mundo, onde os papéis se inverteram. A autoridade antes emanada dos pais agora é imposta pelos filhos, às vezes, de maneira desrespeitosa e irônica. Entretanto, se analisarmos o âmago da questão, concluiremos que fomos nós pais que definimos o padrão educacional dos filhos. Se suas atitudes não atendem nossas expectativas de boas maneiras ou educação social cooperativa, cabe também aos pais reverem seus conceitos pedagógicos e corrigirem a rota dos acontecimentos.

Na família, pais e filhos desempenham papéis diferentes. Os pais orientam e protegem os filhos, esses, por sua vez, crescem e se desenvolvem. Os pais, em virtude das experiências adquiridas, têm supostamente discernimento maior e até melhor que o dos filhos. Embora nem sempre seja maior ou melhor que o dos filhos, tal discernimento costuma ser razoavelmente bom. Os pais, portanto, devem tomar as decisões de como educar e proteger os filhos de tudo que venham considerar prejudicial ao crescimento, e desenvolvimento destes. Por exemplo: pais cujos filhos ainda morem consigo tem o direito de fixar todas as regras do próprio lar, mesmo que “os meninos” já tenham alcançado a maioridade. Cabe aos pais exercer autoridade civilizada e benéfica sobre o fluxo dos filhos, colocando limites, horários, obrigações e diversões.

Um lar não pode ser como hotel, onde as pessoas saem sem dizer onde vão, com quem vão e quando retornam. Quando os pais provêem a casa de todas as necessidades, pagam estudos, planos de saúde, prestação da moradia ou algo semelhante, assumem, enfim, toda responsabilidade de manter uma residência decente, emocionalmente estável a todos os seus habitantes, tornando-a assim um lar, os filhos não têm direito a reivindicar qualquer autoridade sobre ninguém. nem mesmo sobre “seus” quartos, que na realidade são de seus pais.

A privacidade, portanto, é um privilégio que advém da cooperação e não da presunção. Apesar de não querer admiti-lo, os adolescentes sempre estarão numa situação de dependência enquanto morarem ou forem sustentados pelos pais.

É dessa forma que a humanidade caminha e evolui. Os pais, desempenhando seus papéis de modelos, educadores, provedores, guias, orientadores, sinalizando caminhos onde os filhos possam percorrer sem que as coisas ruins aconteçam. Quanto aos filhos, espera-se que incorporem seus papéis de educando, orientado, provido, desempenhados com respeito, admiração e gratidão por aqueles que lhe deram, no mínimo, a condição de vida: Seus pais....

“O AMOR-EXIGENTE É AMOR PREVIDENTE: ESTÁ A SERVIÇO DA PREVENÇÃO. NÃO É AMOR INTRANSIGENTE NEM CONDESCENDENTE, MAS PREVIDENTE”.
(fonte: Onofre Fidélis- presidente da ONG Amor-Exigente de Uberaba)