quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O CÉREBRO NUNCA ESQUECE A DROGA

Especializado no tratamento de dependentes químicos, o psiquiatra argentino Eduardo Kalina, 63 anos, faz um alerta: o cérebro nunca esquece a sensação provocada pela droga. Para um dependente químico, a cura exige a abdicação total das drogas, inclusive álcool e cigarro por toda a vida. “Quem usa drogas quer ser super-homem”, diz. Kalina já tratou de pacientes famosos como a atriz Vera Fischer e o ex-jogador de futebol Diego Maradona. Ele atua na área há 32 anos. Nos últimos tempos, tem-se dedicado a estudar a depressão, sobre a qual prepara um livro.


* Por que a depressão virou a cabeça do homem moderno? Diz ele, que os motivos são muitos. Temos uma crise no mundo atual, que criou desenvolvimento e, em lugar de criar felicidade para as pessoas, criou infelicidade. Tudo isso favoreceu depressões. A forma de viver é cada vez menos humana. O uso de tóxicos, álcool, tabaco, café cacaína, estimulantes, tudo isso favorece a depressão. Um fator que provocou o aumento da depressão é o fato de que vivemos cada vez menos humanamente. Cada vez viramos mais máquinas, porque temos muito ou porque temos pouco. O homem virou cada vez mais máquina, e as máquinas precisam de combustíveis especiais.


O uso de drogas vai contra a natureza humana. A pessoa procura a droga para ser outro, Popeye, super-homem. Nos tratamentos, além de corrigir o fator biológico, é preciso fazer psicoterapias, trabalhar com a família. Muitos pacientes precisam reaprender a desenvolver no meio social.


Perguntaram a Kalina se os pacientes famosos se curaram: diz ele: Não quero falar deles. Quem usou drogas tem que aprender a viver sem drogas, entre os quais o álcool e o tabaco. Pessoas famosas chegam a acreditar que são super-homens ou super-mulheres e não aceitam os limites: não podem tomar nunca mais álcool. Por isso, muitos voltam à droga. Pessoas comuns que têm recaídas são muitas. Quando um famoso tem recaída, todo mundo fala.


A cura para a dependência química significa deixar de tomar drogas de todo tipo, álcool e tabaco, inclusive, e aceitar que o cérebro nunca vai esquecer o que aprendeu. Se foi, alcoólatra ou toxicômano, o cérebro não esquece. Por isso, a cervejinha é fatal, porque abre a memória biológica. A pessoa lembra e acorda tudo o que tratamos de limpar. Há cura se você aceita os seus limites.


Quanto a descriminação da maconha, diz Kalina que é contra. As pessoas que defendem isso não se preocupam com saúde pública. Há estudos sobre o poder carcinogenético(causador de câncer) da maconha, que é quatro vezes superior ao tabaco.


Quando a pessoa diz”fumo só maconha”, quase nunca é verdade. Ele fuma cigarros, toma álcool e, com o tempo, não basta. É a porta de entrada para as outras drogas.


O papel da família é não seguir a linha “faça o que eu digo e não faça o que eu faço”. Se os pais consomem tabaco, álcool e remédios, não podem pedir que os filhos não procurem soluções químicas. O pai deve dizer ao filho que usou, mas que não há motivo para o filho fazer também.


PAIS, ACORDEM! CADA DIA MAIS , TEMOS MENOS TEMPO PARA AGIR”

AMOR-EXIGENTE DÁ CERTO! VALE A PENA CONHECER!

TV – DROGAS EM DEBATE

O uso abusivo de álcool e outras drogas e a dependência química são objetos de comentários e questionamentos, o que nos dá a oportunidade para sensibilizar e informar.
De fato, as experiências vividas nos grupos de apoio nos tornam verdadeiramente capazes de mostrar o que é correto e importante para a família brasileira nesta área.

Chegar antes, prever para prevenir é o caminho. Fazendo nossos cursos, freqüentando os grupos de apoio, ajudamos as pessoas e somos infinitamente ajudados além de, conscientemente, passarmos a viver como agentes de prevenção e não só a favor da sobriedade, mas trabalhando, também, mudanças de comportamento que impeçam o lançamento de lixo de todo tipo em nossos rios, ruas, bosques, praças, praias ou estradas, poluindo e estragando tudo. Atenção: parece que aquele famoso jeitinho brasileiro, alegre e malandro, acaba permitindo uma série de desrespeito que chega à corrupção e, sem controle, se multiplica a perder de vista em corruptos, corruptores e corrompidos. É como a droga, um mal que penetra democraticamente em todos os ambientes, desestruturando e, muitas vezes, destruindo bons brasileiros.

Fiquemos atentos! É hora de prevenção. O Amor-Exigente é um programa de prevenção e de qualidade de vida. Entretanto, o apoio, a orientação para encaminhar soluções dos problemas com pessoas queridas também é um trabalho dos grupos de AE. Chegar à vida dos filhos, dos jovens, das pessoas, abrindo seus olhos para que mudem de runo e não se afundem com o uso e/ou abuso de substancias químicas, é meta importante a alcançar. Os tratamentos em comunidades terapêuticas, clínicas, ambulatórios e consultórios devem ser cercados de muito cuidado.

Conhecer, observar, buscar informações confiáveis antes de mandar os nossos para internação ou encaminhá-los a terapeutas precisa ser a preocupação da família e função também de nossos Grupos de Amor-Exigente. Lembrando sempre que grande parte dos usuários e abusadores de álcool e outras drogas são pessoas normais que se beneficiam muito das abordagens psico-sociais e espirituais em comunidades que não usam medicamento.

A justiça terapêutica também pode ser uma abordagem importante para as famílias do Amor-Exigente. E perguntamos: Como pais, como grupos de apoio, o que estamos fazendo?

* Assistindo e acreditando que só acontece com os outros?
* Fechando os olhos, não querendo ou não podendo ver?
* Vendo e escondendo de todo o mundo porque acreditamos que assim salvamos a reputação da nossa família?
* Ou correndo atrás de um milagre ou de uma solução imediata que nos livre disso a qualquer custo?

Somos uma promissora e extraordinária rede de apoio que vem fazendo um belo trabalho e, a partir de cada um de nós, com o tempo, constituiremos uma das mais confiáveis e prósperas nações de nosso planeta. Conte conosco. Contamos com você!
(Mara Silvia C.de Menezes-Presidente da Federação de Amor-Exigente :FEBRAE)

LIMITES

Se você é daqueles que tem dificuldade em dizer NÃO e ainda por cima não tem uma “varinha de condão”, acho bom ler este texto. Quem nunca teve a vontade de ter uma varinha de condão igual aquelas que as fadas madrinhas têm com uma estrela na ponta e prontas para satisfazer todos os nossos pedidos?

O problema é que isto faz parte apenas no nosso imaginário e filmes que apareciam fadas madrinhas já não dão mais ibope. As crianças gostam mais é dos “Digimons”, “Dragon Ball”, “Monster Ranger”, ou ficar jogando vídeo game por horas a fio.


No entanto, mesmo não tendo a tão desejada varinha de condão, alguns pais, no afã de satisfazer todas as necessidades dos seus filhos, ultrapassam os limites financeiros, emocionais e de saúde, na tentativa de serem chamados de “Pais Legais”. E ficamos com a impressão de para sermos legais precisamos dar tudo e, algumas vezes, nos tornamos ilegais quando acobertamos algo que o nosso filho fez e que certamente seria julgado, uma vez que tenha infringido a lei.


Os pais em geral, acreditam que viver é ter o foco direcionado exclusivamente a satisfazer as necessidades dos filhos ou o que acreditam ser a necessidade deles. Fica parecendo que filhos e sacrifício andam juntos e que isto é algo normal para todas as famílias que desejam ser “bons pais”. E neste pensar e agir, os relacionamentos vão deteriorando-se gradativamente. O pai que anda nervoso porque o cheque especial está com limite estourado e o gerente está cobrando, a esposa está reclamando que o marido está fazendo muita hora extra e não tem ficado mais em casa, o filho reclama porque está querendo o computador da “hora”, a filha reclama porque não ganhou ainda aquela blusinha que custa apenas $ 500,00 – ou seja, alguém pode estar a um passo de ter “piripaque” nervoso.


É preciso reconhecer que não é possível dar tudo que os nossos filhos querem, que não é possível agüentar todas pressões a que eles nos submetem, que responder a todas as suas perguntas é algo complicado demais, que não dá para acompanhá-los em todas suas atividades, que embora o seu gosto musical seja variado, não dá para ter paciência para todas suas músicas, sem falar das “batidas de porta”, desculpas por terem tirado notas baixas ou que chegaram em casa as 7:00h da manhã porque a festa estava muito boa. E você não conseguiu pregar o olho a noite toda preocupado.

Muitas vezes você só vai perceber que os seus recursos se esgotaram, quando percebe que está numa cama de hospital. E quando você não percebe, a tendência é de que você vai acumulando irritação, frustração, tristeza e amargura até que de repente você explode. Aí, você ainda precisa escutar o seu filho dizer: -“Nossa Pai, como você está estressado!”.


É preciso resgatar o equilíbrio financeiro, emocional e físico para que o nosso lar possa ser um espaço de realizações, encontros, harmonia e cooperação. Precisamos acreditar que o nosso papel de pais não é apenas suprir as necessidades materiais dos nossos filhos. Precisamos acreditar que os nossos recursos são limitados e que isto nos aproxima da realidade onde é possível aceitar nossas falhas, nossas imperfeições e que não somos uma fonte inesgotável de recursos.


Se para você dizer não é algo pra lá de complicado, é melhor ir praticando. Não saber dizer não é o primeiro passo para extrapolarmos os nossos limites. E quando eu não sei dizer para alguém é como se eu estivesse dizendo para esta pessoa, que o que ela pensa e faz é mais importante do que eu penso e faço. É quase uma perda de identidade. Uma vez que você passa a ser o que os outros querem que você seja.


Se você é daqueles que tem dificuldade em dizer não e ainda por cima não tem uma “varinha de condão”, acho bom pensar em participar das reuniões do Amor-Exigente. ( fonte: site Amor-Exigente :coordenador AE de SC)

“QUANTO À PALAVRA, ELA É COMO SEMENTE. POR QUE CUSPI-LA SE PODEMOS PLANTÁ-LA?”

Grupos de Amor-Exigente

Segundas às 19:30h na esquina da solidariedade

Sábados 14:00h na Uriarte.

Venha fazer parte deste grupo!

domingo, 11 de outubro de 2009

“O VELHO PROBLEMA DAS DROGAS”

Em uma série de reportagens sobre o velho problema das drogas, vários profissionais da área foram ouvidos e, infelizmente, pelas considerações feitas, ficou entendido que grande parte da responsabilidade pelo uso de drogas na adolescência, recai sobre os ombros dos pais.
O que geralmente acontece, é que os pais não observam algumas noções básicas para se formar um indivíduo consciente das suas responsabilidades e resistente ao apelo das drogas. Pensando em fazer o melhor, os pais começam por isentar os filhos de qualquer obrigação. Para poupá-los, executam as tarefas que lhes dizem respeito.

Quando os filhos são pequenos os pais se desdobram para fazer tudo, providenciar tudo para que nada lhes falte e para que não tenham que enfrentar frustrações nem quaisquer dificuldades. Se pudessem, os pais os poupariam até mesmo das enfermidades, dos pequenos tombos, das dores, dos arranhões...
Quando a criança começa sua jornada na escola, os pais as acompanham e carregam a sua mochila e, alguns, até fazem as lições de casa para poupar possíveis reprimendas de seus mestres. E assim a criança vai crescendo num mundo de ilusões, pois essa não é a realidade que terão que enfrentar logo mais, quando tiverem que caminhar com as próprias pernas.

Imaginemos alguém que nunca teve oportunidade de dar alguns passos, que sempre foi carregado no colo, que forças terá para se manter em pé?
É evidente que essa criança, quando chegar na adolescência, não terá estrutura nenhuma. Diante da primeira dificuldade ficará vulnerável como uma flor de estufa aos primeiros golpes do vento. Ela não aprendeu a suportar frustrações, pois os pais as evitaram o quanto puderam. Ela nunca teve nenhuma responsabilidade a lhe pesar os ombros. Jamais sofreu uma decepção e sempre teve a razão a seu favor, até mesmo nas pequenas rixas com os amiguinhos da infância.

Crianças criadas assim, não estão preparadas para pensar, nem para sair de dificuldades, nem para resolver problemas. Sempre esperam que alguém resolva tudo por elas, pois essa foi a lição que lhes passaram. Mas, afinal de contas, quem é que pode passar pelo mundo isento de dificuldades? Isso é impossível, em se tratando do nosso mundo.
E o problema está justamente quando a criança, agora adolescente, sofre seu primeiro solavanco, que pode até não ser tão grave, mas é suficiente para abalar sua estrutura frágil, agora longe do olhar vigilante dos pais.

Psicólogos e psiquiatras, entre outros profissionais que se pronunciaram nas referidas reportagens, aconselham que os pais evitem que seus filhos venham a usar drogas, dando-lhes uma educação consciente, que prepara o indivíduo para viver no mundo ilusório por eles idealizado.
É preciso que os pais repensem essa forma de amor sem raciocínio, esse amor permissivo, bajulador e sem consistência. É preciso permitir que os filhos andem com as próprias pernas, amparando-os sempre, mas deixando-os fortalecer os próprios “músculos”. É preciso deixá-los enfrentar pequenas frustrações, como não ganhar brinquedo igual ao do filho do vizinho, por exemplo. Como não ganhar o álbum de figurinhas que todos os colegas da escola têm.

Educar é a arte de formar os caracteres do educando, e não de deformar. Assim, se você é pai ou mãe e tem interesse em manter seu filho longe das drogas, pense com carinho a respeito das recomendações que lhe chegam. E, acima de tudo, doe muito amor e atenção aos seus pequenos, pois quem ama, verdadeiramente, ensina a viver e não faz sombra para impedir o crescimento dos seus amores. Pense nisso!
Se você quer que seu filho resista aos vendavais da existência e ao convite mortal das drogas, permita que ele firme suas raízes bem fundo, mesmo que para isso tenha que se dobrar de vez em quando, como faz a pequena árvore enquanto seu tronco está em formação. (fonte:www.reflexão.com.br)

PENSE NISSO, MAS, PENSE AGORA!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

DIVIDENDOS DO AMOR

Nas três últimas décadas, tem-se observado uma crescente busca da solução de tudo no próprio indivíduo.


O que se ensina é que, as respostas para todos os problemas estão dentro de cada um. Nunca se vendeu tanto livro de auto-ajuda e nunca surgiram tantos vendedores de sonhos com palestras milagrosas voltadas para a resolução dos mais diversos tipos de problemas (de saúde a financeiros). Sempre com foco no indivíduo: “Você pode tudo, depende só de você”. Palestrantes e escritores estão acumulando fortunas, já ouvintes e eleitores, de uma maneira geral, continuam com os problemas, e do mesmo tamanho. Isto tudo tem ajudado a criar a cultura do individualismo: “Eu só dependo de mim, não preciso de ninguém”. É muito comum vizinhos morarem anos, no mesmo edifício, e sem sequer se cumprimentam. Em alguns casos os segundos mais torturantes são aqueles passados dentro de um elevador.


Por outro lado, a idéia de cooperativismo está sempre relacionada a bens materiais. Quando ouvimos falar em cooperativa, imediatamente nos vem à cabeça a idéia de um negócio. Pessoas que se juntam para auferir lucros financeiros. Entretanto, as características básicas do cooperativismo, tais como a transparência, a confiança, o respeito aos princípios éticos e morais e a capacidade de trabalho, permitem que se formem cooperativas em torno dos mais variados tipos de atividade. Neste sentido, um grupo de ajuda-mútua como o AMOR-EXIGENTE, é um clássico exemplo de cooperativa. Além do investimento em bens materiais, de caráter secundário, são muito mais importantes os investimentos em bens humanos e espirituais.


Como em qualquer cooperativa, os membros de um grupo de auto-ajuda esperam retorno de seus investimentos, mas, também, como em qualquer cooperativa, os dividendos serão proporcionais a estes investimentos. Quando, por exemplo, um membro do grupo faz uma partilha de sentimentos cheia de subterfúgios, mentirosa ou incompleta, ele deixa de depositar o seu mais importante capital: a troca de experiência e, neste caso, todo o grupo fica prejudicado e os dividendos serão baixos.

Infelizmente, existem casos extremos em que o indivíduo atinge a abstinência e a família retira o capital da cooperativa, ou seja, afasta-se do grupo achando que já conseguiu dividendos suficientes para tocar o próprio negócio: A RECUPERAÇÃO.


Esquecem que se o indivíduo for realmente um adicto, a abstinência é apenas uma parte do negócio e que o investimento maior deve ser na sobriedade. Esta por sua vez, é muito mais complexa e exige investimento a muito longo prazo, um tempo muito maior de maturação, pois requer a eliminação dos defeitos de caráter e a reestruturação física, psicológica, emocional e espiritual do indivíduo.


No cooperativismo o trabalho serve para o fortalecimento do grupo. Com o grupo de apoio não é diferente. Abandonar o grupo achando que os dividendos auferidos são suficientes para tocar o próprio negócio, geralmente demonstra falta de espírito de cooperação e enfraquece o grupo.


O que diferencia o AMOR-EXIGENTE das cooperativas cuja finalidade está voltada exclusivamente para o lucro financeiro é o fato de que não importa a quantidade ou a qualidade do capital que o cooperado traz consigo, ou se ele algum dia abandonou a cooperativa.


PARA O AMOR-EXIGENTE O MAIOR CAPITAL É A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA”.

(Fonte: ...de mãos dadas...por Pedro Sérgio Estevam- grupo Nova Esperança De AE: Goiânia).

A LIBERDADE E O TÓXICO

Quem experimenta tóxicos sabendo que faz mal à saúde, é porque não se sente livre. Quem é livre não precisa experimentar tóxicos. A “liberdade” que se consegue através do tóxico, é a sensação de euforia química e não a verdadeira alegria da alma. Confundir a euforia química com a alegria da alma é nunca ter sentido na alma a
alegria de viver. Esta é construtiva e afasta tudo o que lhe possa fazer mal.

“Fazer o que quer “ ou “fazer o que nunca fez” sob o efeito do tóxico está longe de ser um comportamento genuíno, pessoal, pois os tóxicos alteram os níveis de consciência e distorcem a crítica da adequação. Quando voltam ao estado psíquico natural, são comuns a vergonha e o arrependimento sobre o que fizeram enquanto drogados.

Gargalhar sob o estímulo de tóxicos pode significar um choro da própria alma. Onde foi parar aquela gargalhada que, quando criança, vinha espontaneamente, lá do fundo, contagiando todos à sua volta? A hilaridade do tóxico é irreal e inadequada e provoca silenciosas lágrimas nas pessoas, que o amam.

A verdadeira liberdade permite aprender com a experiência alheia, confiando nas pessoas, não tendo que repetir os erros, que outros já cometeram, ou não precisando experimentar tudo quanto a humanidade passou, para chegar ao que é hoje. O tóxico submete o usuário a desconfiar das pessoas e a descrer dos fatos, tornando-o inseguro e insatisfeito.Assim a droga leva a pessoa à obrigatoriedade (e não liberdade) de ter que experimentá-la, para chegar às suas conclusões, que nem sempre são reais e verdadeiras.

A verdadeira liberdade é compartilhar tanto da alegria como da tristeza dos seus semelhantes, sem se sentir ameaçado, envergonhado, ou diminuído. A auto-estima, a humildade, a generosidade, o proteger (a si ao próximo), o não se expor aos tóxicos garantem a integridade da liberdade pessoal. O tóxico isola o drogado, não permitindo que as pessoas cheguem até ele, impossibilitando-o de chegar às pessoas, formando uma verdadeira cerca, que o aprisiona numa angustiante solidão.

A verdadeira liberdade é entregar-se para crescer, é frustrar-se sem se perder, é divertir-se, sendo o que é, fazer o que quiser, quando e como bem lhe aprouver. O tóxico congela o crescimento, trocando suas dores por falsos e efêmeros prazeres, enquanto escraviza a sua alma e definha seu corpo.

“LIBERDADE É AMOR...Tóxico é dor”. ( Fonte: FEBRAE: Dr. Içami Tiba)